O longo ciclo de greves e protestos na Europa avança. Desde as greves e protestos na Bélgica e Grécia, sem contar ações menores e o caso francês, até chegar ao ano passado, no qual a França foi palco de diveros protestos e greves, temos uma ampliação para diversos outros países, incluindo a conservadora Inglaterra, onde o movimento grevista renasceu e o protesto estudantil também.
Porém, isso é a normalidade da luta de classes no capitalismo vivendo sob o regime de acumulação integral [VIANA, Nildo. O capitalismo na era da acumulação integral. Aparecida: Santuário, 2009). As lutas tendem a promover novas lutas e radicalização. A nova crise financeira que afeta a europa e tende a se estender pelo mundo poderá fornecer mais combustível para incendiar as lutas de classes e abrir a perspectiva para uma crise do regime de acumulação e, por conseguinte, do capitalismo. Aí a alternativa será guerra, fascismo ou autogestão social. Novamente haverá esperança de superação do capitalismo e sua substituição por uma nova forma de sociedade, o tão sonhado comunismo, o autêntico e não sua deformação bolchevista.
É necessário estar atento a estes acontecimentos (lutas sociais, crises financeiras) e seus desdobramentos e também nos atualizar e preparar teoricamente para compreender este processo e assim colaborar na prática e na teoria para que o comunismo prevalece ao invés da barbárie. Retomar Marx, os conselhistas (Pannekoek, Korsch, Mattick, Ruhle), ler os melhores da atualidade, apesar de nesse caso ainda haver muitas ambiguidades e problemas, e Nildo Viana, Lucas Maia, no caso brasileiro, são grandes referencias que devem ser lidos e relidos e contribuirmos, mesmo que modestamente, para criar uma grande corrente intelectual que analisa, explica e interfere no rumo das lutas de classes no brasil e no mundo. Eis nosso papel hoje e eis a situação. Mãos à obra!!
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