domingo, 2 de novembro de 2008

A Crise e a transformação

A atual crise financeira mostra a fragilidade do capitalismo e a possibilidade da transformação social.  Existem análises da crise bastante superficiais e descritivas, bem como existem análises que apenas encaixam a realidade em seus esquemas pré-definidos.

A melhor análise da crise que conheço é a do sociólogo Nildo Viana, que pode ser vista no seguinte endereço:

http://www.ueg.br/artigos/1216/A-Crise-Financeira-nos-EUA-e-suas-consequencias-sociais

Ele aponta que uma das conseqüências é o acirramento das lutas de classes e a possibilidade de uma transformação social radical, no sentido da abolição do capitalismo e criação do comunismo/autogestão.

Nesse processo de crise e acirramento, um dos efeitos é, por um lado, a retomada dos autores revolucionários, como Karl Marx. Na Alemanha e na Europa a procura por obras de Marx aumentou e tende aumentar ainda mais, bem como obras sobre seu pensamento e autores marxistas. Veja:

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=113287

http://www.abril.com.br/noticias/diversao/crise-aumenta-procura-obras-karl-marx-alemanha-392876.shtml

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3737827,00.html?maca=bra-aa-news-874-rdf

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/crise-ressuscita-marx/

http://outrapolitica.wordpress.com/2008/10/20/marx-e-a-crise/

Por outro lado, a tendência é de haver uma ascensão dos movimentos sociais, inclusive em resposta não só ao mundo neoliberal existente, mas suas ações para evitar o colapso do capitalismo. Assim, greves, manifestações e outras ações e mutações devem ocorrer e, dependendo do desenvolvimento do processo, se tornar uma situação pré-revolucionária, caso haja aprofundamento da crise, ou pelo menos uma ascensão das lutas e movimentos, provocando uma renovação dos movimentos sociais e grupos políticos, que, no último caso, tende a se tornar mais influentes e mais próximos de uma concepção autenticamente revolucionária. Na França e Itália, por exemplo, há uma mobilização crescente, bem como diversas greves. Os estudantes e professores são alguns dos agentes destas mobilizações, mas também ferroviários, pescadores, operários, funcionários públicos, trabalhadores em geral. Até as velhas centrais sindicais conservadoras estão sendo constrangidas a incentivar o movimento grevista. Isto ocorre em vários outros países.Veja:

http://www.luta-social.org/2007/11/frana-estudantes-universitrios-e.html

http://aeiou.visao.pt/Pages/Lusa.aspx?News=200810018837301

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=4960&Itemid=68

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=8776&Itemid=26

http://www.luta-social.org/2008/06/greve-das-pescas-alarga-se-camionistas.html

Hoje é uma época de crise, uma época de tranformação radical!

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